martes, 17 de junio de 2014

Marcos Honório Júnior

“Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho” (I Coríntios 9.16)

Ser missionário é uma escolha difícil. Missionários são pessoas que funcionam em freqüências e sob princípios diferentes. Seus sonhos não são pessoais, suas preocupações não envolvem suas vidas, a alegria deles não tem nada a ver com a satisfação própria. O dinheiro que ganham não os enriquece, seus palácios são pequenas cabanas, suas famílias há muito não os vêem e são capazes de dar a vida por quem pouco conhecem.

Acabei de voltar da casa de uma família assim. Tive uma experiência enriquecedora e transformadora. Fui escalado pela liderança do RHEMA para ensinar no RHEMA JAPÃO, mas, ensinar foi o que menos fiz. Na verdade, saí de lá com a sensação de que recebi muito mais do que dei. Fiz amigos, conheci uma cultura riquíssima e minha fé foi desafiada a realizar grandes coisas pra Deus.

O grande missionário William Carey dizia: “Empreendei grandes coisas pra Deus, esperai grandes coisas de Deus”. Penso que foi isso que vi, convivendo com a família Arcanjo. Vi o que a fé pode fazer, quando nenhum recurso natural funciona e você não tem mais nada a não ser o sobrenatural.

Movidos por uma visão tão louca quanto a que trouxe Bud e Jan Wright ao Brasil, empreenderam levar a palavra da fé à nação japonesa. Eles não têm ascendência japonesa ou qualquer parente japonês, têm apenas um chamado e, assim como o apóstolo dos gentios, não foram desobedientes à visão celestial.

Talvez alguém possa pensar que por morarem num país tão desenvolvido e organizado, eles não tenham grandes dificuldades a enfrentar, ledo engano. As dificuldades são esmagadoras e muito desestimulantes. Língua, preconceito cultural, medo de terremotos e tsunamis constantes naquela parte do globo são algumas delas. Imagine-se passar quinze minutos tentando identificar que produto está em uma embalagem do supermercado. Mas, a fé não conhece limites!

Eu sou filho de missionários. Lembro-me de que, quando criança, ouvia as orações de meu pai baseadas no salmo segundo: “Pede-me e eu te darei as nações por herança”. Lembro-me de que vi várias vezes o meu pai orando e pedindo as nações. Hoje, ele e a minha mãe estão lá no Chile, longe de mim, mas próximo ao coração de Deus, assim como a família Arcanjo, Jefter e outros que têm “perdido” sua vida por amor ao evangelho, amando o mundo que Deus ama, sem ser desse mundo.

Assessorados pelo, não menos corajoso, missionário Jefter Marondin, estabeleceram uma escola bíblica naquela nação. Esperando contra a esperança, creram para virem a serem pais de uma grande multidão.

Deixaram tudo por amor ao Evangelho, vivem uma vida de aventura. Nenhum dia é igual ao outro, são milagres cotidianos que poderiam ser escritos em livro. Têm depositado a Palavra da fé no coração de um grupo que pode parecer pequeno, mas eu penso que é uma “pequena nuvem do tamanho da mão de um homem”.

Abaixo, cito o nome dessas pessoas, pra que você saiba que não são um número, mas são vidas valiosas e que já são conhecidas no céu e devem estar no seu rol de oração:

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